11 de dez. de 2013

Em tempo de Copa.

Brasil x Paraguai:
No Paraguai, foi preso o traficante Polegar, condenado no Brasil por vários crimes: de tráfico de drogas a homicídios. Em menos de uma semana foi expulso do Paraguai!

Brasil x Itália:
No Brasil, apesar da Itália solicitar a extradição do criminoso Cesare Batista, condenado na Itália por diversos crimes, vergonhosamente o País ficou com este criminoso. Daqui a pouco vão dar um cargo no governo a ele. Agora que querem a extradição do Henrique Pizzolato, a Itália deverá dar o troco.

4 de dez. de 2013

Direitos Humanos

Quero externar minha repulsa a qualquer tipo de terrorista, seja de Direita ou de Esquerda, porque antes de tudo o terrorista é um covarde que mesmo depois de anistiado não assumem o ato bárbaro e covarde da Bomba do Aeroporto, deixando um idealista morrer sem poder provar sua inocência.

Idealista e Contra Revolucionários e que conseguiram a abertura democrática não se esconderam, lutaram abertamente, como Ulisses Guimarães, Marcos Freire, Tancredo Neves, Fernando Henrique, Leonel Brizola e outros, sem ter que matar inocentes nem assaltar bancos com a desculpa que era por ideologia.

3 de dez. de 2013

A Ignorância é que atravanca o progresso !

O bordão usado pelo personagem Odorico Paraguaçu, na novela “O Bem Amado” de Dias Gomes, está mais em moda do que nunca. Dentre as varias atribuições que tenho como Museólogo, elaboro projetos para museus e galerias expositivas. Assim, recebo amostras de materiais produzidos por fabricantes que tem sua aplicação no ambiente museal. Tais como filtro UV ou algum antirreflexo para uso em vitrine.

Mas há exatamente um mês e meio a Receita Federal simplesmente encrencou com uma amostra que veio dos EUA, são amostras de plástico para substituir o vidro. E querem por que querem que tenha valor comercial, e não querem liberar, pois acharam que o valor declarado pelo fabricante muito irrisório.

Ora, claro que o valor é irrisório, são amostras que caso venham a serem indicadas em algum projeto, ai sim serão adquiridas em quantidades e tamanhos aplicáveis por quem às forem usar, caso assim o queiram.

Simples assim, mas que até agora mesmo com vários Emails explicativos não me fiz entender.

20 de nov. de 2013

“Há apenas uma única religião, embora dela exista uma centena de versões”. Bernard Shaw

Eu sempre acreditei que religião é coisa de foro intimo. No que quer que seja que você acredite, isso deve permanecer com você. Isso porque se eu acredito em Jesus e você acredita em Maomé, por exemplo, não existe forma de nos provarmos quem esta certo! É coisa de fé.

Durante a ocupação Moura (771 a 1492) na península ibérica, os árabes permitiam a Cristãos e Judeus terem os seus próprios templos. Eles eram tolerantes com a religião e sob este aspecto, durante todos aqueles anos, não existiu quase nenhum conflito. Acontece que esse exemplo é raro na história da humanidade. O que se vê normalmente é um grupo tentar impor ao restante a sua fé. Como conseqüência disso, o que já se matou em nome de Deus é um número impressionante.

E isso acontece não só com religião, mas em várias outras “crenças” desde a política até times de futebol. Lembrem que não estou falando aqui do direito de você acreditar no que quer, mas nessa compulsão que o ser humano tem de tentar fazer com que o outro também acredite naquilo que ele acredita.

Clemente Nóbrega, no seu livro O Glorioso Acidente diz que somos seres replicantes, ou seja, vivemos para nos reproduzir. Essa é a função básica da vida. 

Porém, o que parece a princípio uma coisa simples é na realidade uma coisa muito complicada. Os nossos Pais criaram uma associação onde cada um entrou com 50% de seu DNA. Porém não foi simples chegar a esta associação. A sua mãe queria um homem forte o bastante para defendê-la durante a gravidez, mais e principalmente, ficar junto a ela durante a sua criação. Já seu Pai por dispor de uma quantidade ilimitada de esperma ( a mulher só tem um óvulo por mês e eles tem um número limitado), gostaria de poder ir espalhando ele por ai. Tiveram que fazer um pacto. É por isso que casamento tem tanta pompa e testemunha. Esse acordo permitiu ao seu Pai perpetuar 50% de seu DNA e a sua mãe o mesmo. 

Esse acordo também permitiu que, ai não mais o individuo mas o casal, fizessem acordos com outros desde que isso fosse favorecer o seu crescimento. Quem nunca ouviu a frase, “você não sabe o sacrifício que fiz para criar vocês”.

foto: (google - imagens)

Cabe então a você ficar vivo o tempo suficiente para gerar crias. Você tem que copular, tem que ser bom em achar alimento, tem que ser bom em não se deixar apanhar por predadores. Têm de cuidar de suas crias de modo a que elas próprias cheguem à idade de copular, se não adeus de ao seu DNA nas gerações seguintes.

Acontece, que para nos humanos é muito difícil aceitar que somos nada mais nada menos que simples seres replicantes. 

Não, não é tão simples assim falam muitos! Somos feitos a imagem de Deus, afirmam outros. Todo o universo com seus bilhões de galáxia foi criado só para nos. Não é incrível? A não aceitação dessa simples condição, que envolve todos os outros seres vivos no planeta, nos leva a tentar ficar acima dos outros. Sou o Rei da Antuérpia! Sou o príncipe das Astúrias! Nas minhas veias correm sangue azul! 

Conversa, seu sangue é exatamente igual a um simples plebeu. Seu DNA é só 8% diferente de um Chimpanzé. Isso mesmo 8%! Assim, linhagem Real, nos criamos para nos sentirmos importantes. 

Mas se é assim, o que nos diferenciou dos Chimpanzés? É desse “glorioso acidente” que fala Clemente. Esse “acidente” evolucionário que fez com que a uns dois milhões de anos atrás uma certa espécie de Chimpanzé tenha se desviado de sua linhagem original, fazendo com que em um espaço de pouco mais de dois milhões de anos o celebro mais que triplicou de tamanho. Assim, neste processo esse hominídeo começava a falar, a ter consciência a olhar para o céu e buscar explicações. Por que a criança morreu? Porque o tigre pegou meu amigo? Tinha medo de trovão. Inventava deuses e se esforçava para agradá-los. Sim já inventavam Deuses! 

Hoje achamos ridículo, os Incas adorarem o Sol como um Deus. Porém para eles isso era tão verdadeiro, como é para um Cristão, Jesus Cristo. À medida que o pensamento humano for se sofisticando, irá se sofisticar os Deus.

Resumindo, se você analisar por essa ótica os conflitos humanos, veremos que na base deles vai estar essa simples instrução que esta gravada em seu DNA: 

“E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” G 1.28

Pense nisso!

18 de nov. de 2013

Estamos em Transição ?

Se você olhar com atenção, vai perceber no noticiário diário, que a nossa teia social esta se perdendo, se dissolvendo. Isso se concretiza no avanço das drogas, que agora se especializa por faixas de poder aquisitivo, o avanço da violência que agora esta em todos os seguimentos da sociedade, desde a domestica até as escolas, o desinteresse pela cultura, o aumento na ineficiência do estado, a corrupção generalizada, etc. Infelizmente este é um processo em andamento. Um processo que vem em andamento já a um bom tempo!.

Pensando com os meus botões, voltei para a minha infância e para a educação que recebi. Quando falo em educação, falo em um todo, um conjunto de informações, não só o conhecimento específico, como Física, Química, etc. Eu me refiro alem dessas, o que você aprendia com os seus pais, em especial com a sua mãe, aquela época muito presente na vida dos filhos, pois pouquíssimas trabalhavam.

Na minha infância me foi passado que eu tinha que respeitar os mais velhos. Isso significava tomar a benção aos meus avós e padrinhos. Dar o lugar quando sentado as senhoras e senhores mais velhos. Ajudá-los sempre que necessário. Aprendi com eles, os mais velhos, a importância de se ler. O meu avô paterno me levou a ler O Capital de Karl Max, Minha Luta de Adolfo Hitler, bem como Kant, os russos e outras coisas. Ele dizia ser importante você ler de tudo, para dai formar a sua opinião. Um amigo de meu irmão me introduziu na ficção cientifica. Fiquei fascinado por Edgar Alan Poe, Conan Doyle, bem como Aldous Huxley e Issac Asimov. Li sobre as religiões. Dos monges do Tibe a Alan Kardec. Este foi um habito que nunca perdi. Ler. 

Leio tudo que aparece na minha frente. Até poucos anos atrás, tinha o cuidado, de tempos em tempos, de comprar uma revista sobre arquitetura, outra sobre arte, etc, como forma de me manter atualizado sobre cada assunto.

Aprendi a respeitar a pátria e os seus símbolos. Os colégios onde estudei, aquela época, no primário na admissão e no ginásio, nos rezávamos todos os dias antes do inicio das aulas, comemorávamos o dia da bandeira, da independência, etc. Aprendíamos os hinos da bandeira, do Brasil, das três armas – o que eu mais gostava era o da marinha, O Cisne Branco.

Aprendíamos a respeitar o próximo. Os professores eram respeitados, por que em casa nos era dito para assim fazermos. Se você tinha um problema na escola, com certeza iria ter um problema em casa com seus pais. Os conflitos com colegas de turma eram resolvidos na diretoria da escola. Normalmente quem estava errado, tendo que pedir desculpas ao outro. Estudávamos religião, mais também, historia da arte e civilidade. Praticávamos esportes. Aprendíamos a importância de competir porem com lealdade, o que Paulo Coelho chamou mais tarde de bom combate. Trapaças eram punidas com rigor.

Existia a Feira de Ciências e os Jogos Colegiais. Quase todo mundo praticava um esporte. Tínhamos a Gincana. A feira das Nações. As campanhas de doação de sangue. As escolas públicas eram referencia no ensino, ou seja, não era por ser pobre que você teria um ensino medíocre. Íamos a museus e a vernissages. Discutíamos o trabalho de jovens pintores. Assistir alguns crescerem em sua arte, acompanhando as suas fases.

Aprendíamos a nos manter limpos e arrumados. Havia uma roupa certa para cada ocasião. Casamento de paletó. Baile de final de ano de Smoking ou Summer. Mesmo os mais pobres obedeciam a isso. A minha avó materna nos dizia - Mesmo que a camisa seja velha, se ela estiver limpa e passada, você esta bem. Todos verão que você pode não ter dinheiro para comprar uma camisa nova, mais é educado o bastante para andar com ela limpa e passada. Ninguém andava na rua, pobre ou rico com a camisa desabotoada e muito menos, sem camisa. Se assim o fizesse, seria parado imediatamente pela polícia. Havia um respeito pela “ordem pública” e o decoro.

As drogas eram divididas em duas categorias. A maconha, que era coisa de “maconheiro” ou seja, para a ralé e as drogas pesadas, que na minha juventude era usada por uns poucos muito ricos, que eram intitulados de “loucos”. Ser chamado de maconheiro era pejorativo. Assim, fumei maconha pela primeira vez com o pessoal da peça Hair, para não parecer careta. Não gostei. Deixou-me prostrado, sem energia. As outras nunca tive coragem de provar, por medo de gostar e por consequência me viciar. O negócio era beber. Por causa disso perdi alguns amigos. Nessa época não existia cinto de segurança. Porém bebíamos em finais de semana, nas festas. Havia um certo ritual. Não se bebia a qualquer hora, ou em qualquer lugar.

Naquela época se dava festa, em certa época chamadas de “assustados”. Vivíamos, na escola, no clube, na casa dos amigos e parentes. Podia-se brincar na rua. Havia muito contato pessoal. Na adolescência, muito papo cabeça, principalmente quando descobrimos Freud e Jung. Lembro de uma festa, onde eu e mais dois amigos, amanhecemos o dia discutindo o conceito de Deus. As namoradas dormindo nos sofás da casa. Lembro de outra festa, onde um tio de minha amiga, diplomata já com longa carreira, monopolizou a nossa atenção com as suas histórias de vida. Ao longo da noite se falou sobre arte, música, literatura, etc. Ótima noite. Aquela época, assim como agora tínhamos amigos. Porem amigos com quem convivíamos pessoalmente. E amigos com interesses! Era gente animada com a vida, cheia de projetos e sonhos. Não me lembro nessa época de saber de meninas obesas mórbidas ou com bulimia.

Agora chega do passado e vamos olhar essas mesmas coisas hoje e vistas de uma forma abrangente.

Passado o regime de exceção e montada a nossa nova realidade, o que temos hoje?

Não precisa ser nenhum gênio para ver que tudo isso mudou e mudou para muito pior. A ordem pública e o decoro foram perdidos. Ninguém respeita os mais velhos. Implantou-se na sociedade, a Lei de Gerson. As escolas, hoje mal conseguem prover o conhecimento específico. Estão preocupadas é com os boletos das mensalidades. A cultura de uma forma geral, perdeu a importância. A maior prova disso é o orçamento do Ministério da Cultura e as pessoas que são nomeadas para ele. Se você prestar atenção nas fotos publicadas nas revistas de decoração, você não verá mais nenhum quadro. Nenhuma tela, ou peça de arte. As pessoas por não terem adquirido cultura, delegam a decoradora, a função de preencher os espaços vazios nas paredes. Isso cria situações como a que vivi com uma amiga. Em seu aniversário, a presentei com um quadro. Quadro mesmo, original. O comentário dela foi: minha decoradora vai adorar, pois ela estava querendo alguma coisa colorida para colocar naquela parede.

Sei que o comentário dela foi sincero. Não é impressionante? 

Não existe o respeito pelos mais velhos, e o que pior o respeito pelos pais. Ser educado, hoje é ser babaca !! Você pode comprovar isso em qualquer transporte público. O índice de estupro sobe ano a ano. Na realidade se perdeu o respeito por qualquer coisa. 

A juventude não tem o que fazer, a não ser ir pro Shopping. Isso se tiverem condição financeira para tanto. A diversão fora o shopping é a balada. A droga rola solta. Nas escolas não existem outras atividades extracurriculares. 

Na coisa pública reina o caos. Nada mais funciona e tudo virou negócio de família. Agora é moda o pai ser Senador o filho Deputado Federal o sobrinho Deputado Estadual, a prima Vereadora e por ai vai. As verbas publicas agora são privadas. Todos os dias aparecem na imprensa historias impressionantes. Ninguém em cargo de chefia, tem a menor preocupação em administrar nada. Quando acontece algum problema, acreditam que simplesmente explicar o que aconteceu e dizer que será tomado providências resolve. A carga tributária vem aumentando continuamente e os serviços e infraestrutura vem se deteriorando cada vez mais. O nível de roubo é assustador, isso sem considerar o uso da estrutura pública em benefício próprio. Um exemplo primoroso disso é o gasto com os nossos Senadores e Deputados. Um dos congressos mais caros do mundo. A Previdência é um rombo, o SUS um sumidouro de dinheiro e por ai vai.

Uma coisa que esta em moda atualmente é a questão do regime militar. Não me preocupa passar a limpo o passada, pois nos dois lados não existiam santos. De um lado a tortura se justificava para salvar a pátria do perigo comunista, e do outro, soltar bomba e assaltar banco se justificava para financiar a implantação de uma ditadura, sim ditadura comunista. O que Cuba é?

O que me preocupa é a aniquilação de todos os meios que a sociedade civil tinha de se manifestar. Hoje, entidades que no passado tinham representatividade, como a UNE, a OAB, o CREA e muitos outros se calaram. A imprensa nem se fala. Hoje estão preocupados ou de pressionar o governo atrás de verba de propaganda ou de atrair o publico para poder vender caro os espaços publicitários. Uma pergunta; para que o governo precisa gastar mais de um bilhão de reais em propaganda todos os anos? A quem interessa isso?

Essas organizações são hoje uma pálida sombra do passado, para usar um bordão. Em cada uma delas impera a Lei de Gerson, ou seja, olham para elas mesmas e seus dirigentes têm interesses próprios. Os sindicatos nem se fala. Dos 125.000 cargos de confiança do governo federal, eles detêm mais de 65%. Abrir um sindicato hoje é um ótimo negócio.

Podia ficar aqui escrevendo sem parar por dias. Exemplos de corrupção, impunidade, desmandos com a coisa publica, falta de respeito ao cidadão, exemplos de ineficiência, etc. são diários na mídia e fora dela.

Zigmunt Bauman diz que não sabe se estamos em uma fase de transição para uma nova sociedade, com nova ordem social ou se o que vivemos, será um estado permanente. Eu rezo para que a primeira hipótese seja a verdadeira.

Um último comentário:
Precisamos nos lembrar, que para haver mudança, tem que existir o agente da mudança.

Pensem nisso!!

Recife Noturno | Av Guararapes

11 de nov. de 2013

Rotary – uma engrenagem a serviço da humanidade.

É com grande satisfação, que parabenizo aos amigos que compõem o RC do Recife – Espinheiro pela realização de mais uma ação social.

A ação conhecida como “RYLA - rotary youth leadership awards “ ou no bom português: Premios Rotários de Liderança Juvenil, busca despertar no jovem excluído das oportunidades e marginalizado, uma visão de que ele pode ser o principal agente na construção do seu próprio caminho. Para tal é desenvolvido um wokrshop, aonde os jovens discutem questões relacionadas à responsabilidade profissional e relações humanas, incrementam as suas habilidades de liderança, comunicação e comportamental, bem como são apresentados a historias que levaram pessoas e empresas a terem sucesso.

Parabéns em particular a Rotariana Cristina Carvalho, profissional competente no mundo empresarial, esposa do querido amigo Elísio Nunes, por ter capitaneado tal ação.

Recife Noturno | Praça Maciel Pinheiro

7 de nov. de 2013

O Estado da Arte

Galeristas e colecionadores veem o decreto como agressão ao direito privado.

Um decreto publicado no Diário Oficial da União pela presidente Dilma Rousseff no último dia 18 muda consideravelmente os conceitos de coleções pública e privada de arte, além de modificar as noções de posse, de mercado internacional, de comercialização e, possivelmente, também de apreçamento de obras.

Obras da casa do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, em 2011.
(Foto: Paula Pacheco)

Pelo decreto (que regulamenta a Lei 11.904, de 14 de janeiro de 2009, que cria o Estatuto de Museus do País), de agora em diante, podem ser declarados de interesse público os bens que atualmente estão em museus (musealizados) públicos e privados e também os que ainda não estão em museus, mas em coleções particulares. Enquadram-se na lei todos os objetos de arte “cuja proteção e valorização, pesquisa e acesso à sociedade representarem valor cultural de destacada importância para o País, respeitada a diversidade cultural, regional, étnica e linguística”.

Em resumo: caso seja definido como “de interesse para o País”, uma tela, uma escultura ou outros bens poderão começar a ser monitorados pelo Estado brasileiro, por meio do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram, órgão do Ministério da Cultura). A venda das obras terá de ser aprovada pelo governo. Mas o nó górdio da coisa toda, o que está causando maior polêmica, é o seguinte trecho do decreto: o proprietário da obra de arte “não procederá à saída permanente do bem do país, exceto por curto período, para fins de intercâmbio cultural, com a prévia autorização do Conselho Consultivo do Patrimônio Museológico ou, caso se destine a transferência de domínio, desde que comprovada a observância do direito de preferência do Ibram”.

O texto colocou em polvorosa colecionadores, museólogos, leiloeiros e outros profissionais da área de artes visuais. O proprietário ou responsável pelo bem cultural declarado de interesse público, após ser notificado de que sua coleção é agora protegida, não poderá vender, restaurar ou emprestar sem comunicar o Ibram. E deverá manter informado o Estado sobre a condição da peça, sob o risco de ser responsabilizado nas esferas administrativa, civil e penal pelos prejuízos causados. A edição do decreto levou 4 anos de estudo, segundo o governo, que informou que não se trata de exercer preferência, mas de “salvaguardar determinados bens”.

De todos os artigos do decreto que regulamentou a lei 11.904, o que mais agitou o mercado diz respeito à manutenção de um cadastro específico dos bens declarados de interesse público que poderá, segundo o dispositivo legal, fazer parte de outros instrumentos da política nacional de museus. Embora exista quem considere o cadastro positivo - principalmente para monitorar obras desaparecidas -, que outros instrumentos da política de museus poderiam ser acionados para monitorar peças de arte? Essa é a pergunta de galeristas, marchands, colecionadores e até diretores de museus consultados pelo Caderno 2, apreensivos diante dos amplos poderes concedidos ao Ibram por um cadastro desse tipo.

Segundo a lei, ele será usado "para fins de documentação, monitoramento, promoção e fiscalização" desses bens. Qualquer interessado, além do proprietário de uma obra de arte, poderá requerer ao Ibram a instauração de um processo administrativo para declarar de interesse público um bem cultural. No momento em que o mercado internacional disputa obras de artistas brasileiros em leilões e feiras de arte, aqui e lá fora, é natural que artistas e donos de galeria vejam o decreto como uma intervenção negativa do governo na esfera privada - o artigo 39 da referida lei permite ao Ibram, por exemplo, realizar "inspeção administrativa" no local onde se encontre o bem cultural.

"Isso me parece invasão da privacidade", diz a galerista Marília Razuk, argumentando que a exportação de obras de arte não deve ser vista como danosa para o País. Ela lembra que obras iconográficas como Abaporu, tela de Tarsila do Amaral, ou a coleção de arte concreta de Adolpho Leirner, foram oferecidas a museus brasileiros antes de serem vendidas para museus estrangeiros. "A venda de obras brasileiras a colecionadores e instituições estrangeiras agrega valor", observa a galerista. "Acho que todo mundo vai mandar suas coleções para Miami com esse decreto."

Fato semelhante aconteceu durante o governo Hugo Chávez, que buscou atingir colecionadores milionários resistentes à política do líder venezuelano, expropriando seus acervos. Grandes coleções privadas da Venezuela foram enviadas aos EUA antes do decreto chavista. Até hoje, colecionadores venezuelanos cedem obras para exposições internacionais na esperança de vender seu patrimônio fora do país.

O advogado Saulo Kibrit, diretor da Bienal de São Paulo e também colecionador, avalia que o decreto configura uma "desapropriação indireta" das obras de arte privadas. "Restringe o direito da propriedade e pode gerar indenização", afirma Kibrit, que prevê uma "briga danada" pela frente. "Quem é que vai querer comprar algo que é restrito? A lei restringe o seu direito".

"O irônico é que as peças que estão na mão do governo estão em péssimo estado. Basta ver o que acontece com os Profetas de Pedra lá de Congonhas do Campo", afirmou o empresário Renato Whitaker, que era o maior colecionador privado de obras do Aleijadinho até anos atrás, com 52 peças. "Me desfiz de quase toda a minha coleção. Aqui, o colecionador é um fora da lei, jogam sobre ele essas leis todas para tirar aquilo que ele encontrou e preservou. Obras que estão nas mãos de particulares estão bem melhor do que nas mãos do governo", afirmou Whitaker.

O advogado Pedro Mastrobuono, cuja família é conhecida colecionadora das obras de Volpi, considera positiva a ideia do banco de dados do Ibram, mas prevê uma enxurrada de ações legais no Judiciário contra o decreto, pois "ele cria um atrito com dispositivos legais superiores que preservam a propriedade privada". Outro item criticado por ele diz respeito ao direito de imagem. "Ele continua sendo do autor e da família, no caso de sua morte, por 70 anos, e a reprodução das obras seria uma usurpação desse poder."

O curador-chefe do Masp, Teixeira Coelho, implica com a "fúria legislativa" do Brasil e o decreto, que obriga proprietários de obras a notificar as que, eventualmente, sejam de interesse público. "Se um colecionador não quer publicidade, é um direito dele." No momento em que uma obra se insere nesse escopo, qualquer curador, diz ele, terá dificuldades para organizar exposições, pois os colecionadores vão naturalmente se retrair e deixarão de emprestar obras aos museus.


PRINCIPAIS PONTOS

Início
Após processo administrativo, o dono do bem é
notificado da declaração de interesse público

A cobrança
Após homologação pelo Ministro da Cultura, começa
a cumprir as condições (e ser fiscalizado)

As restrições
Obra não pode ser restaurada ou vendida sem consulta prévia

As penalidades 
Caso não cumpra lei, dono é responsabilizado civil e penalmente


Artigo publicado pelo jornal, O Estado de S.Paulo.
Autoria de: Antonio Gonçalves Filho e Jotabê Medeiros.
Em 31 de outubro de 2013 as 03:28.

31 de out. de 2013

Um parque quer nascer, abram as porteiras !

Hoje venho aqui aderir e assinar o manifesto do clamor da ampla maioria dos Recifenses para que uma importante região da nossa fauna e flora, encravada no bairro de Boa Viagem, lhe seja dada o direito de renascer.

Estou me referindo a área conhecida popularmente como Estação Radio Pina.

foto: (google - maps)

A Ressignificação do seu papel é de fundamental interesse para a cidade do Recife, na medida em que propiciará além do seu caráter intrínseco de natureza viva e pulsante, uma permissividade aos Recifenses em poderem conviver harmoniosamente com as suas belezas naturais e cada vez mais raras nos tempos atuais.

É sabido por todos que a criação de novas áreas para lazer e deleite da sociedade esta em processo de rarefação, logo, não dá para se abrir mão de um parque que já nasce pronto, nada de desapropriação ou algo do gênero, é só abrir a porteira e permitir aos Recifenses adentrarem e fincarem em seu centro a bandeira da cidadania.

27 de out. de 2013

Direitos e Deveres

Um Pais só funciona, não existe outra alternativa, se for alicerçado em uma base democrática, normatizado por uma constituição e por conseqüência em Leis.

O Brasil é hoje um Pais democrático. Porém esta paulatinamente abandonando o seguimento irrestrito da Lei. Os exemplos são tantos, que já chegamos ao ponto de circular entre a população o conceito de Lei que “pega” e Lei que “não pega”.

Recentemente temos o caso dos cachorros. Uma parte significativa da sociedade apoiou a invasão do laboratório, partindo-se do pressuposto que os cachorros sofriam maltrato. É importante lembrar que a empresa estava regularmente constituída e detinha as licenças necessárias para funcionar, tendo inclusive financiamento oficial, ou seja, estava cumprindo o que determina a Lei. Como em tese vivemos em uma democracia, as pessoas que discordavam do emprego de cachorros em pesquisas, poderiam ter protestado na frente da empresa, ou na frente do órgão que concedeu a licença para essa pesquisa, como forma de atrair a atenção para este assunto. Porém não foi isso o que aconteceu. A empresa foi invadida e os cachorros roubados. Ou seja, a Lei foi solenemente ignorada.

Agora tem esse caso do coronel da polícia agredido pelos Black Bloc, que sobe a alegação de que estão protestando, se sentem no direito de depredar a propriedade alheia e bater em quem discorda de suas ações.

Foto: (Marlene Bergamo - Folhapress)

Eu pergunto; qual a diferença entre esses Black Bloc e as tropas conhecidas como SA do partido Nacional Socialista (nazistas) que depredaram as lojas de judeus em uma noite que ficou conhecida como a Noite dos Cristais? Nenhuma!!

O direito de protestar é liquido e certo, porém não pode, em uma democracia, ser feito a revelia da Lei, sob pena de entramos em um estado de anarquia social. No Facebook uma pessoa colocou que muitas vezes a justiça precisa “ser feita”, ou seja, o velho conceito de se fazer justiça com as próprias mãos. Foi esse conceito que matou, por exemplo, Chico Mendes. Agora imaginem se o Laboratório resolve agir dentro deste mesmo conceito e contrata mercenários para invadir as casas das pessoas para recuperar os cachorros. Ou o Coronel, saca a sua pistola e começa a atirar nas pessoas que o estavam agredindo.


Pensem nisso....

25 de out. de 2013

Um artista brasileiro em New York

Há 18 anos residindo na America do Norte, o arquiteto e artista plástico Luiz Vilela, tornou-se uma referencia, tanto pelo trabalho artístico desenvolvido como pela sua garimpagem incessante em descobrir novos e interessantes locais. Uptodate, como dizem os jovens de hoje em dia. 

Cresceu numa fazenda no sul de Minas, e fez seus estudos no Rio de Janeiro, estudou Arquitetura e Urbanismo na FAU-UFRJ. Sendo frequentador assíduo na vida cultural da cidade até que um amigo, mestre, e grande artista plástico lhe sugeriu que fosse estudar em Nova York. Conforme ele se lembra das palavras ouvidas com atenção: “lembre Luiz, as nossas escolas são tão boas quanto as de NY, mas o que você vai aproveitar mesmo naquela cidade é o que só Nova York pode te proporcionar: a mistura e ebulição de gente e cultura. A energia da cidade que não pára nunca. O que vai ser bom para você em NY é poder ir ao Metropolitan Museum of Art, poder assistir à um show da Laurie Anderson na Brooklyn Academy of Music, assistir ao American Ballet Theater ou ouvir uma palestra da Annie Leibovitz.”

Concelho aceito, mudou-se para Nova York e desde então mora na America do Norte. Trabalhou inicialmente por um longo período no departamento de arte de uma editora de livros, até que resolveu dedicar-se de corpo e alma a pintura. Sendo hoje a sua principal atividade, quando não esta garimpando novidades ou fotografando. Vive numa cidadezinha, escondida em uma pitoresca região das terras americanas, o que o localiza no meio de tudo: perto de Nova York, de Filadelfia, de Washington D.C. e de Boston, aonde em seu atelier faz o que mais gosta, pintar.

The window at Stover Mill - 16" x 20" - Óleo/tela

E o mais legal, é que Luiz Vilela passa a ter uma página no Blog com o titulo de "Arte em New York", aonde passará para os leitores a sua experiencia e dicas sobre a Big Apple.

Seja bem-vindo!

22 de out. de 2013

PPP da BR 232.

Esta PPP da BR 232 já esta definida para uma empresa determinada.

Eu já tinha denunciado esta pratica que vem do governo Miguel Arrais, “de quanto pior melhor”, conforme texto a seguir publicado em maio de 2011 no Jornal do Commercio.

[BR.232 falta de manutenção]
Porque não responsabilizam o Governador, que permite que seus auxiliares coloquem asfalto em cima das placas de cimento da BR – 232, isto é crime!

Embora exista um propósito de tornar aquela BR intransitável por ter sida construída pelo seu ex-desafeto, para ter o motivo de privatizar , da mesma forma que o seu avô fez com o Bandepe. Com a palavra os Órgãos de proteção ao patrimônio publico e aos cidadãos que pagam impostos (OAB , Ministério Publico e ONGS).

15 de out. de 2013

Com ou sem eles ?

Tenho ouvido muitos comentários sobre a qualidade de nossos políticos e de que precisamos nos livrar de todos eles. 

Compreendo completamente essa irritação, porém o que vamos fazer?

Chamar o síndico?

Não creio que esse seja o caminho. Nos países que funcionam, ditos de primeiro mundo, a primeira constatação é de que, efetivamente, o poder emana do povo. Não existe caminho fora da democracia. 

Isso posto, vamos precisar dos políticos! É um fato. Porém quais políticos? O que queremos deles? A resposta é fácil não? Honestidade, competência e trabalho. 

Porém onde vamos achar esses homens/mulheres?

Ai é que mora o nosso problema. Quem escolher? Mas teremos que votar em alguém, certo?. Se temos que votar, precisamos escolher bem. Porém, como fazer isso? 

Só tem um jeito. 

O passado. 

Precisamos esmiuçar quem é esse homem/mulher. Qual a sua origem. Qual a sua história. Em que ele efetivamente acredita. Quais são os seus sonhos. Como ele entende e diferencia o papel do gestor público, do parlamentar,do estado.


Precisamos ver se ele acha que roubar a viúva, como diz o povão, não é problema. Se ele entende que cidadão só serve pra pagar imposto, ou que política é um mero meio para se enriquecer. Precisamos nos lembrar de que, quando votamos, estamos passando uma procuração. Lembrar que nas leis municipais, por exemplo, o texto geralmente começa: O POVO DA CIDADE tal, POR SEUS REPRESENTANTES, DECRETOU, E EU, EM SEU NOME, SANCIONO A SEGUINTE LEI.

É amigo, o buraco é mais embaixo. Você por acaso sabe quem é que decide o valor do IPVA do seu veículo. Ou quem é o cara que nega um recurso que você fez contra uma multa. Ou quem é o cara que decide que em determinada rua, vai ter um pardal e que nessa rua a velocidade máxima é de 60Km? 

Poderia citar milhares de exemplos aqui. Na realidade, o Brasil é hoje uma das economias mais estatizadas do mundo. Você, para fazer qualquer coisa, tem que pedir permissão ao estado, município ou união. Vamos ver, por exemplo, uma empresa de transporte de passageiros intermunicipal. O empresário só é dono efetivamente do ônibus, pois a autorização para a linha (de onde pra onde), para os horários e o valor da tarifa que ele vai cobrar, é determinada pelo estado. Melhor, se você tem uma árvore na sua casa e resolve derrubar essa árvore, amigo você arrumou a maior encrenca. Tirou a licença no IBAMA, não? Vai pagar uma multa braba e em algumas capitais ainda responder processo. Não interessa que a árvore estava em seu quintal. 

E por ai vai. Vivemos em uma ditadura, travestida de democracia. O estado faz o que quer e você que se exploda!

Assim, nessa próxima eleição vamos precisar ter muito cuidado. Escolher talvez dentre os ruins, o menos pior e depois patrulhar, bem mais ai já é outra história.

Pense nisso!

14 de out. de 2013

Recife Noturno | Forte do Brum

Nasce um Poeta !

O poeta Jefferson Linconn fez a sua estreia no cenário pernambucano com o lançamento do “Livro Manifesto”. O evento aconteceu no stand da União Brasileira dos Escritores (UBE), na terça-feira última, dia 08/10, durante a realização da Bienal do Livro de Pernambuco - 2013, no Centro de Convenções, em Olinda/PE.



Nas palavras do autor, "trata-se de um livro de poesia, ou melhor, de um único poema que perpassa toda a narrativa num diálogo entre a condição de militância e boa-fé de um jovem, o olhar realista e inquiridor de um homem de meia idade e o olhar cético e às vezes bastante cínico de um velho que um dia viu perder-se o sentido das suas causas políticas no uso que fizeram delas demagogos, oportunistas, pseudoesquerdistas e crápulas. Ou seja, mais do que sobre um idílio romântico, o esforço do que escrevi, pretende ser lido como sobre a nossa capacidade de refletir e se indignar ainda com o que estamos vendo no dia a dia do país e, particularmente com o que vem ocorrendo também em Pernambuco".

Parabenizo ao jovem poeta e quem quiser adquirir um exemplar ao preço de R$ 30,00 (trinta) reais deve entrar em contato com o autor através dos celulares: (81) 9471 8487 ou (81) 8448 7378.

9 de out. de 2013

Marina errou?

“Quem foi para a rua em junho saberá nos próximos meses que o Supremo está pronto para diluir as sentenças do mensalão. Aquilo que Marina Silva exageradamente classificou de “chavismo” é apenas um aspecto do jogo bruto do comissariado petista. Ele foi sentido nos tribunais, nos bancos oficiais, na porta giratória das agências reguladoras e na monumental trapalhada da proposta de Constituinte exclusiva. Isso para não se falar nos grandes circos com padrão Fifa.”

O trecho acima é de um comentário de Elio Gaspari sobre a união de Marina com Eduardo. Sim o PT tem a enorme possibilidade de conseguir um feito inédito que é ficar, caso consiga reeleger Dilma, 16 anos no poder. Até o momento a minha visão do PT no governo é a mesma visão que se tem de Dr. Jekyll and Mrs. Read. Se na minha visão temos o PT do Lula, que inegavelmente trouxe avanços para o Brasil, temos também o PT de José Dirceu que podemos dizer ser o lado negro da força. 

Infelizmente eles são indissociáveis! 

O lado negro trabalha para inviabilizar o trabalho do supremo, usa sem cerimônia a máquina do governo em proveito de seu projeto, que nada mais é que colocar em pleno funcionamento uma ditadura travestida de democracia. Isso ficou bem explicito, quando tentaram uma Constituinte. Essa turma da eterna esquerda, ainda quer colocar em prática o que tentaram na época da ditadura. E são determinados. Essa determinação levou a adotarem práticas defendidas por Maquiavel, onde os fins justificam os meios. Foi esse pragmatismo que criou o mensalão. Dentre os vários malefícios criados por essa turma, podemos citar o nosso cinismo internacional, quando, por exemplo, se prometeu mundos e fundos a FIFA já sabendo que não tínhamos como fazer tudo aquilo.

Ouvi nesses poucos dias, algumas criticas a atitude de Marina em se unir a Eduardo. Acho injusta. Vamos raciocinar. Marina tentou o caminho da legalidade na criação de seu partido. Uma pessoa que teve 22 milhões de votos em uma eleição, votos esses computados em um pleito coordenado e controlado pelo TSE, não deveria ter nenhuma dificuldade, certo ? Errado ! O lado negro da força mexeu nos seus cordéis e 95.000 assinaturas não foram reconhecidas pelos cartórios eleitorais. Marina recorreu, alegando que os cartórios teriam que justificar a não aceitação das assinaturas, conforme determina a Constituição. Foi derrotada por 6 votos a 1. Conforme disse a Ilustríssima Carmen Lúcia, “aceitar sem cumprir os requisitos legais é que seria casuísmo”. Se fosse eu a pleitear a criação de um partido, tudo bem. Siga-se o rigor da Lei. Agora falar isso de uma pessoa que teve 22 milhões de votos em uma eleição, é no mínimo estranho.

Agora pense o que você faria no lugar de Marina. Vou embora pra casa ou permaneço na luta? Claro que permanecer na luta. Ela é inegavelmente uma força política e “seguir na coerência de seu discurso” como dizem alguns só privilegia o lado negro da força!. Quem esta atacando Marina quer que tudo continue como esta!! Permitir que o PT permaneça no poder, não é só uma discussão ideológica, ou de modelo econômico, é colocar a democracia desse pais em jogo.

Pensem nisso!

30 de set. de 2013

Recife Noturno | Recife Antigo


Esta é a escadaria do antigo Bar do Grego, quem frequentou o Recife Antigo 10 anos atrás deve se lembrar..

29 de set. de 2013

A memória se esvaindo.

Ações como esta da Construtora Rio Ave é que reforça a imagem, perante a população, do empresário feroz, que visa o lucro acima de qualquer custo. Achar que demolir o Ed. Caiçara na Av. Boa Viagem em Recife, não iria causar qualquer protesto, é de uma infantilidade extrema.


Essa discussão entre a preservação de prédios históricos e progresso, seja lá o que isso signifique, vem de longa data. Aqui em Recife tem o famoso caso da Igreja de Bom Jesus dos Martírios demolida pelo então Prefeito Augusto Lucena, para abri a Av. Dantas Barreto, no dizer do arquiteto e paisagista José Luiz Mota Menezes, "uma avenida do nada para o nada". A Igreja de Bom Jesus dos Martírios era uma igreja importante, porque era uma igreja de pardos e pretos do final do século XVIII. O mesmo caso da Igreja do Bonfim em Salvador.

(foto de Alcir Lacerda)

Os anos demonstraram que demolir a Igreja foi um tremendo erro. E não são poucos os casos. Tem o do Palacete no final da Av. Caxangá, o da casa em estilo Mourisco na rua Bruno Maia, demolida à noite, etc. 

De um lado esta o valor comercial do imóvel. Do outro a preservação. Se preservarmos o interesse do dono do imóvel, perde-se a história. Exemplo da Casa Navio. Se preservarmos o imóvel, os donos têm sérios prejuízos financeiros. É preciso encontrar um meio termo nessa historia. 

Alguns exemplos dessa possibilidade existem. Vejam a casa do Tenente da Catende, na Av. Rosa e Silva. Com aquele arranjo, os dois lados foram completados.


No caso do Ed. Caiçara o mesmo conceito deveria ter sido adotado. Prefeitura, Fundarpe e Construtora deveriam ter se sentado para equalizar um projeto, onde um prédio fosse erguido se preservando no mínimo a fachada do Caiçara. 

Em Salvador, quando se reformou a mansão Martins Catarino visando transformá-la em museu, tinha que se colocar um elevador moderno, para atender as questões de mobilidade. A solução negociada com o IPHAN foi o encaixe de uma caixa em concreto, ao prédio original, como pode ser vista na foto.


Pronto, os dois lados foram atendidos. O IPHAN que queria preservar o prédio da forma mais original possível, com as atuais normas de acessibilidade e mobilidade. A área onde foi encaixado o elevador era originalmente a cozinha.

Para o Caiçara a mesma solução poderia ter sido adotada. Se encaixava no prédio original, a torre do prédio, se colocando todas as garagens no subsolo. O prédio original seria a entrada do novo prédio.


Pronto, em uma solução negociada, todas as partes estariam atendidas e não teríamos o prédio parcialmente demolido, a imagem da construtora arranhada e esse festival de explicações por parte dos órgãos públicos.

Agora pensem na casa de Jorge Batista da Silva na Av. Rui Barbosa. Como será?

É lamentável a nossa falta de pragmatismo!!!

Luiz Augusto Moraes

27 de set. de 2013

UFPE - Museologia

UFPE, produz seu primeiro museólogo

As 17:40 de 26 de Setembro de 2013, é dado como aprovado com nota máxima pela banca de professores, composta por 4 membros, o primeiro aluno do curso de museologia da UFPE.


Aluno: Rogério Campos (camisa amarela)

Banca:
Departamento de Museologia:
Professores: Bruno Araújo, Alexandro Silva e Francisco Sá Barreto.
Departamento de Física:
Professor: Ricardo Emmanuel

18 de set. de 2013

A pizza é redonda ?

Culpar a pizzaria por servir pizza é uma incongruência !!!!

Leis, regimentos, portarias, etc. são os instrumentos legais que dão sustentação a Democracia.

Quando não são respeitados se instala o regime de exceção, a Ditadura.

As leis são o porto seguro para os mais fracos e um limite aos mais fortes. 

Agora, se as regras precisam ser mudadas a fim de atender a dinâmica social é uma outra discussão. E é aqui onde está o desconforto que vivemos nos dias de hoje.

Até recentemente, o assunto era as Mudanças Politicas, não ouço ninguém mais falando disso, os políticos voltaram a sua normalidade o foco foi desviado, primeiro com a ajuda do Obama e seus Arapongas, e agora com o chamado "Julgamento do Mensalão". 

E mais uma vez se vê a necessidade de mudanças, agora na Blindada Justiça Brasileira. Será fácil ? Certamente que não.

Então o que fazer, bem um amigo mais radical acha que ou se pega em armas ou se anestesia dos fatos e vai tocando a vida. 8 ou 80 como ele mesmo se define.

Penso diferente, temos armas sim, mas não são bélicas.

Temos o VOTO, a arma que até o politico mais altivo treme ao ouvir seu nome, mas como toda arma é preciso saber usar, se não pode se sair ferido ao usa-la, para tanto é preciso ler seu manual e ai vem uma questão.

Como ler se não tiver sido educado ? Sabemos que pelo menos interpretar textos é fundamental, se não como entenderá o que está escrito nas entrelinhas das propagandas eleitorais. Identificar as reais intenções daqueles que pedem uma procuração para em nosso nome nos representar, fiscalizar e proporem mudanças aonde se façam necessário, refletindo os anseios, aspirações ou desejos dos que lhe outorgaram, não um papel em branco aonde poderá escrever ao seu bel prazer, mas um compromisso assumido e registrado pelas câmeras de Tv.

Temos que mudar, porque precisamos que fatos como Mensalão, Corrupção e outras mazelas que permeiam o nosso dia-dia possam ser combatidos com o rigor que o nosso desconforto enquanto CIDADÃO almeja e comecemos mudando os políticos.

15 de set. de 2013

Aforisma

Sempre ouvi que na guerra a primeira vitima é a verdade dos fatos.

Este aforismo a meu ver é bem pertinente a duas situações:
1) Julgamento da Ação Penal 470 (Mensalão)
2) Os EUA e a Síria

Sabemos que a mídia exerce o seu papel de formador de opinião, principalmente da "classe media", atendendo aos mais diversos interesses. Assim, embarcar numa viagem sem que saibamos qual a real condição do destino mas, apenas nas imagens do folder de propaganda, é uma temeridade. Isso me lembra um fato que ocorreu a 1980 anos atrás, aonde os interesses suplantaram os fatos. As duas situações elencadas são similares, os fatos são apresentados por uma ótica que certamente é um recorte, não a totalidade dos fatos. E encerro com um outro aforisma: Há mais coisa entre o céu e a terra, do que imagina a vossa vã filosofia.

8 de set. de 2013

Recife - uma cidade Imóvel.

Na cidade do Recife, Mobilidade é um tema que esta mais para Imobilidade e o bairro dos Aflitos -  literalmente - está um caos. Assim resolvi postar esta sugestão aos nossos gestores municipais. Conforme a imagem abaixo proponho a inversão da Rua do Futuro, o que faria com que a grande maioria dos usuários não precisasse usar a Av. Rosa e Silva como via local.



2 de set. de 2013

Recife Noturno | Ponte da Boa vista


Este ano iniciei um projeto fotográfico chamado "Recife Noturno", movido pela minha curiosidade na paisagem do velho centro do Recife a noite, quando não existem mais pedestres nas ruas e as lojas já fecharam.. Incrível como a cidade assume outro aspecto.. espero daqui por diante postar algumas imagens do Recife a partir de um ângulo mais inusitado..

29 de ago. de 2013

Assembléia: Poder ou Anexo do Palácio?

Senhores Leitores e Políticos

Em vista da polêmica da reeleição para a Mesa Diretora da Assembléia do estado de Pernambuco, que hoje é escolhido pelo Governador da vês ou permanece o que já estar que é subserviente para servir ao chefe do executivo . Por que os Deputados não procuram uma maneira de valorizar o Poder e dar Independência, como já é o Executivo, por que a eleição não é direta? Sendo a escolha do presidente pelo voto direto a Assembléia deixaria de ser um apêndice do Governo. Não sendo direto, que seja pelo menos livre para qualquer um ser votado, sem vinculação, proporcionalidade, outros arrumadinhos ou conchaves. Aos jornalistas que têm coluna nos jornais, fica a sugestão de se fazer uma pesquisa para saber se alguém lembra de algum Presidente anterior do Poder Legislativo. Para se ter uma idéia; Governador é muito fácil de ser lembrado, Agamenon Magalhães, Nilo Coelho, Paulo Guerra, Marco Maciel, Miguel Arraes, Moura Cavalcanti, Jarbas Vasconcelos, etc. Porém, foram tantos Presidentes da Assembléia, alguns dependentes do Poder Executivo e alguns insignificantes, que na minha memória só ficaram gravados dois: o Dr. Felipe Coelho, chamado de “Tigre do Araripe”, que apesar de fazer algum tempo, é muito lembrado pela sua independência e altivez e ainda teve a visão de construir o anexo da Assembléia e acabou com os prédios alugados, acomodando os gabinetes dos Deputados, os departamentos e as comissões. Outro que me vem na memória é o Dr. Pedro Eurico, que mesmo sendo do partido do Governador na época, agia como chefe do poder, fiscalizando e criticando o andamento da administração do Executivo, mostrando a independência dos poderes. Foi também na sua gestão que ele promoveu encontros e participou de congressos e eventos em outros estados do país, verificando o que se aplicava nas outras casas legislativas. 

Espero que o novo representante do Poder Legislativo seja atuante e independente, como devem ser os Governantes.

19 de jul. de 2013

LAFEPE e outros Hospitais

O LAFEPE que dizem que foi criado no Governo de Arraes , esta sucateado faltando diversos remédios que atende a população mais carente, foi abandonado justamente pelo neto. Da mesma forma os antigos Hospitais ,sem manutenção e sem modernização ,estão sucateados em detrimento de novos Hospitais e UPAS ( que antigamente chamavam de Posto de Saúde ) .Hoje os órgãos de extrema importância como o HEMOPE e o IMIP , que não tinham tantas filas,mas hoje , deixou de ser Hospital de referencia para administrador de UPAS e Hospitais,transferindo os seus Médicos para os novos.

Mordomias quem paga

O Governo do Estado do Estado de Pernambuco alugou um avião, e na época o secretário justificou na imprensa que seria para uso de trabalho, principalmente ligados a SUAPE .Mas não foi o que o JC noticiou no dia 29 de junho de 2012 “o governador voltou de NY e pegou o jatinho às 6 horas da manhã e foi falar com Lula ,tirou fotos etc... e voltou as 10 horas .Quem pagou a conta , com a palavra o TCE e o Ministério Publico .

24 de jun. de 2013

Facebook x Facebook

Professora de português há mais de 23 anos, lecionando em escola estadual na maior parte do tempo, eu e meus companheiros de profissão sempre lutamos contra um grande inimigo: o imediatismo dos adolescentes.

Para que ler se a mesma história pode ser vista em filmes? Este é o grande argumento usado pelos jovens.

Nada contra os filmes. Muito pelo contrário, eles são nossos aliados em muitos momentos. Para trabalhar o declínio do Trovadorismo, por exemplo, nada melhor que o filme “O Incrível Exército de Brancaleone”, sátira às novelas cavaleirescas.

Atualmente, além desse imediatismo, lutamos contra a tecnologia. Quase que diariamente, os alunos perguntam quando vão chegar os famigerados “tablets”! Famigerados, sim. Lógico que não sou contra o avanço da tecnologia, até porque é impossível hoje em dia viver sem ela! Mas, infelizmente, a maioria dos estudantes não a usa para ampliar seus horizontes. Limitam-se ao facebook.

Porém, se lessem com atenção, perceberiam o quão rico é esse instrumento! O quanto de informações interessantes há nas redes sociais! Nesta, última semana, por exemplo, houve postagem sobre o Dia do Autismo, foto do ex-presidente Juscelino Kubitschek, questionamentos políticos, crítica a um hospital particular do Recife e à qualidade do serviço na área de saúde pública do Brasil...

Fico a me perguntar o porquê dessa superficialidade, dessa alienação. Seria intrínseco à contemporaneidade? Acho que não. Me tacham de radical, mas na minha opinião isso é consequência da soma de uma educação pachorrenta! Pais que não impõe regras nem limites, que é para não “traumatizar” os filhos, e orientações pedagógicas que apenas maquia o aprendizado. Além disso, há o descompromisso secular do governo com a cultura e a história do Brasil.

Apesar disso, estou começando a simpatizar com o facebook, pois coisas interessantes estão sendo postadas, denunciando absurdos como os milhões investidos na Copa, enquanto as escolas brasileiras – em sua grande maioria – estão sucateadas; ou chamando atenção para o estado de abandono em que se encontra a casa de Alvarenga Peixoto, incofidente e poeta mineiro.

Pena que esses jovens não tenham ideia do poder da arma que têm em mãos!

22 de jun. de 2013

Belindia

Legal a juventude externar indignação contra os fatos que atormentam o nosso cotidiano, já é um grande passo, certamente um efeito colateral de uma parte significativa em termos percentuais da população que apesar do nosso sistema educacional fora induzida ao raciocínio.
Mas os cartazes expostos nas passeatas tratam na sua maioria simplesmente dos efeitos ou consequências, prefiro me concentrar nas causas.
Somos ainda uma nação que vive em regime feudal, patriarcal e doméstico. Feudal pelas concentrações de poder, patriarcal pelas relações sociais e domestico pelo amadorismo.
máxima do pão e circo ainda prevalece, é verdade que com outras faces tais como celular, TV led e pagode no sul e forró no norte. É um grande erro achar que não devemos ter discussão partidária nas passeatas, muito pelo contrario, temos que exigir um regime representativo que nos represente e mais que fique claro que não é um cheque em branco. Para tanto mudanças precisam ocorrer, voto distrital já é um bom começo, o representante tem que ter um compromisso e identidade com que representa. Não dá pra aceitar um morador da avenida beira mar representando a ladeira do morro. As câmeras de vereadores não estão cumprindo a sua função institucional, cooptadas pelo executivo em sua maioria servem apenas para dar titulo de cidadão e nome de rua, tornando-se um fardo a todos que pagam seus impostos. Impostos estes que não retornam como benefícios mas como ofensas externadas pelo serviços que é apresentado a sociedade.
Temos que deixar de ser uma Belindia (Brasil + Índia) e as manifestações podem ser um começo, exigir mudanças politicas me parece ser o alvo a ser eleito.

16 de mai. de 2013

Calçada, a quem pertence ?


A Prefeitura do Recife alardeia que irá fiscalizar o estacionamento de carros nas calçadas da cidade, no entanto a loja de propriedade do exprefeito João da Costa na rua do futuro no bairro dos aflitos, todos os dias obriga as pessoas a descerem da calçada.

Por ser um local de grande concentração de escolas, as crianças e pais todos os dias estão sujeitas a serem atropeladas.

Basta uma olhada e ver que a licença de funcionamento não poderia ser dada a um estabelecimento que não atende os requisitos mínimos de tamanho para estacionamento.




6 de mai. de 2013

Cotas Sociais

O governo comprova a incompetência com as escolas públicas.O mais justo seria alternativas e investimentos na educação básica, criando condições a partir dos professores com bom salário e equipamentos só assim teriam condições de competir com as escolas privadas, e não passar para 50% de vagas das universidades para quem não tem base e não terão condições de concluir os cursos .Observação: sugiro cotas sociais para vagas para vereadores e deputados para candidatos que não tenham parentes políticos, evitando passar de pai para filho ou parente, parecendo mais capitanias hereditárias .

Via Mangue

Sugestão ao Prefeito do Recife e aos Vereadores que o nome da Via Mangue passe a ser chamada de CHICO SCIENCE , porque foi o Pernambucano que mais cantou defendendo os mangues do recife.

Bomba do Aeroporto

A Presidente Dilma quer o fim do sigilo do documentos de documentos da revolução, e o povo também ,só assim vai se saber quantos inocentes morreram em assaltos a bancos, cofres e atentados , só não vai se saber quem soltou a bomba do aeroporto do Guararapes ,porque hoje tenho certeza que foi um bueiro do Rio de Janeiro que explodiu .

Beleza artificial apagada

A cidade do Recife è uma das mais bonitas em beleza natural ,hoje transformada numa cidade feia pelos dois últimos Prefeitos,quando obrigaram todas as lojas a tirar suas placas ,seus letreiros , e tiveram que colocar um plástico preto ,parecendo contenção para chuva nos morros .Hoje tenho certeza que se os dois últimos prefeitos fossem governar a cidade de New York já teriam acabado com o maior cartão postal dos EUA(Times Square).

Jovens Desmotivados

Os jovens dos anos setenta eram mais corajosos do que os de hoje. Eles pegavam em armas, assaltavam bancos, cofres, faziam atentados a bombas, matavam inocentes, militares, se organizavam em grupos, sequestravam  aliciavam jovens para serem militantes, tudo isso dizem que era contra a revolução. 

Hoje o máximo que fazem é pintar a cara e sair atrás de um de um trio elétrico, seja para marcha com Jesus, marcha pela paz, parada gay, ou mesmo carnaval fora de época. Não vejo os jovens se armando, se organizando para lutar contra a ditadura dos corruptos, mensaleiros, os que dão proteção a terroristas e assassinos, como Cesare Batista e a postergação do julgamento dos mensaleiros até prescrever os crimes. Hoje não existe UNE, nem centrais sindicais, porque vivem nadando em dinheiro do governo.

Apadrinhamento x TCE


Vamos evitar o apadrinhamento, o governador de Pernambuco está nomeando o secretário da agricultura para Conselheiro do Tribunal de Contas.

Existe um projeto do Senador Álvaro Dias para que obrigue a realização de concurso público para todos os TCE e porque não incluir o TCU, como também outros órgãos e até os cargos comissionados das Assembleias e do Congresso, dando oportunidade a todos sem distinção de cor, raça, classe social ou financeira. Como exemplo: O cidadão após concluir o segundo grau, faz o vestibular de Direito, ao concluir o curso é submetido a prova para a OAB, daí para frente se quiser ser Promotor, Juiz, Procurador, Auditor da Receita Federal, etc. tem que fazer concurso publico. Não se pode admitir é que seja designado para Desembargador, Ministro do Tribunal ou do Supremo sem concorrer como todos de forma democrática, fazendo prova e provando que tem notória capacidade. Da mesma forma o TCU e os TCE que o Governador da vez coloca quem ele quer e a Assembléia referenda para não contrariar o Governador. Se alguém tiver dúvida é só verificar os Conselheiros, são grupinhos colocados pelo Governador A, B ou C, estes indicados ficam com o compromisso se for Deputado de ratear os votos com os afilhados. Gerando aos funcionários destes órgãos insatisfação tendo que fazer os serviços e ensinar muitas vezes aos que assumem despreparado para o cargo. Divulgue, vamos ajudar a aprovar o projeto do Senador que esta parado a três anos no Congresso.

BR.232 falta de manutenção


OAB, Ministério Publico e ONGS, Porque não responsabilizam o Governador, que permite que seus auxiliares coloquem asfalto em cima das placas de cimento da BR – 232, isto é crime. Embora exista um propósito de tornar aquela BR intransitável por ter sida construída pelo seu ex-desafeto, para ter o motivo de privatizar, da mesma forma que o seu avô fez com o Bandepe. Com a palavra os Órgãos de proteção ao patrimônio publico e aos cidadãos que pagam impostos.

19 de abr. de 2013

Como se forma a "Opinião Pública"

Por Pierre Bourdieu*


¿Cuál es el proceso por el cual la opinión de una minoría se transforma en la opinión pública? Eso es lo que explica el sociólogo Pierre Bourdieu en este curso sobre el Estado dictado en 1990 en el Collège de France.


Pierre Bourdieu, 7-10-98 (Pierre Verdy/AFP/Dachary)

n hombre oficial es un ventrílocuo que habla en nombre del Estado: toma una postura oficial –habría que describir la puesta en escena de lo oficial–, habla a favor y en nombre del grupo al que se dirige, habla por y en nombre de todos, habla en tanto representante de lo universal.

Aquí llegamos a la noción moderna de opinión pública. ¿Qué es esta opinión pública que invocan los creadores de derecho de las sociedades modernas, sociedades en las cuales el Derecho existe? Tácitamente, es la opinión de todos, de la mayoría o de aquellos que cuentan, de aquellos que son dignos de tener una opinión. Pienso que la definición patente en una sociedad que se dice democrática, es decir donde la opinión oficial es la opinión de todos, oculta una definición latente, a saber, que la opinión pública es la opinión de los que son dignos de tener una opinión. Hay una especie de definición censitaria de la opinión pública como opinión ilustrada, como opinión digna de ese nombre.
La lógica de las comisiones oficiales es crear un grupo así constituido que exhiba todos los signos exteriores, socialmente reconocidos y reconocibles, de la capacidad de expresar la opinión digna de ser expresada, y en las formas establecidas. Uno de los criterios tácitos más importantes para seleccionar a los miembros de la comisión, en especial a su presidente, es la intuición que tiene la gente encargada de componer la comisión de que la persona considerada conoce las reglas tácitas del universo burocrático y las reconoce: en otras palabras, alguien que sabe jugar el juego de la comisión de manera legítima, que va más allá de las reglas del juego, que legitima el juego; nunca se está más en el juego que cuando se va más allá del juego. En todo juego existen las reglas y el fair-play. A propósito del hombre kabil (1), o del mundo intelectual, yo había empleado la fórmula: la excelencia, en la mayoría de las sociedades, es el arte de jugar con la regla del juego, haciendo de ese juego con la regla del juego un supremo homenaje al juego. El transgresor controlado se opone completamente al herético.
El grupo dominante coopta miembros a partir de índices mínimos de comportamiento, que son el arte de respetar la regla del juego hasta en las transgresiones reguladas de la regla del juego: el decoro, la compostura. Es la célebre frase de Chamfort: “El Gran Vicario puede sonreír sobre un tema contra la Religión, el Obispo reír con ganas, el Cardenal agregar lo que tenga que decir” (2). Cuanto más se asciende en la jerarquía de las excelencias, más se puede jugar con la regla del juego, pero ex officio, a partir de una posición que no admita ninguna duda. El humor anticlerical del cardenal es supremamente clerical.

La verdad de todos
La opinión pública siempre es una especie de doble realidad. Es lo que no puede dejarse de invocar cuando se quiere legislar sobre terrenos no constituidos. Cuando se dice “Hay un vacío jurídico” (expresión extraordinaria) a propósito de la eutanasia o de los bebés de probeta, se convoca a gente que trabajará aplicando toda su autoridad. Dominique Memmi (3) describe un comité de ética [sobre la procreación artificial], compuesto por personas disímiles –psicólogos, sociólogos, mujeres, feministas, arzobispos, rabinos, eruditos, etc.– cuyo objetivo es transformar una suma de idiolectos (4) éticos en un discurso universal que llene un vacío jurídico, es decir que aporte una solución oficial a un problema difícil que trastorna a la sociedad –legalizar el alquiler de vientres, por ejemplo–. Si se trabaja en ese tipo de situación, debe invocarse una opinión pública. En ese contexto, resulta muy clara la función impartida a las encuestas. Decir “las encuestas están de nuestra parte”, equivale a decir “Dios está de nuestra parte”, en otro contexto.
Pero el tema de las encuestas es engorroso, porque a veces la opinión ilustrada está contra la pena de muerte, mientras que los sondeos están más bien a favor. ¿Qué hacer? Se forma una comisión. La comisión constituye una opinión pública esclarecida que instituirá la opinión ilustrada como opinión legítima en nombre de la opinión pública –que, por otra parte, dice lo contrario o no piensa nada (lo que suele ocurrir a propósito de muchos temas)–. Una de las propiedades de las encuestas consiste en plantearle a la gente problemas que ella no se plantea, en sugerir respuestas a problemas que ella no se ha planteado; por lo tanto, a imponer respuestas. No es cuestión de sesgos en la construcción de las muestras, es el hecho de imponer a todo el mundo preguntas que se le formulan a la opinión ilustrada y, por este hecho, producir respuestas de todos sobre problemas que se plantean sólo algunos; por lo tanto dar respuestas ilustradas, puesto que han sido producidas por la pregunta: se han creado para la gente preguntas que no existían para ella, cuando lo que realmente le importaba, era la cuestión en sí.
Voy a traducirles sobre la marcha un texto de Alexander Mackinnon de 1828 extraído de un libro de Peel sobre Herbert Spencer (5). Mackinnon define la opinión pública; da la definición que sería oficial si no fuera inconfesable en una sociedad democrática. Cuando se habla de opinión pública, siempre se juega un doble juego entre la definición confesable (la opinión de todos) y la opinión autorizada y eficiente que se obtiene como subconjunto restringido de la opinión pública democráticamente definida:
“Es ese sentimiento sobre cualquier tema que es cultivado, producido por las personas más informadas, más inteligentes y más morales de la comunidad. Esta opinión se extiende gradualmente y es adoptada por todas las personas con alguna educación y sentimiento que conviene a un Estado civilizado”. La verdad de los dominantes deviene la de todos.

Cómo legitimar un discurso
En los años 1880, en la Asamblea Nacional se decía abiertamente lo que la sociología tuvo que redescubrir, es decir, que el sistema escolar debía eliminar a los niños de las clases más desfavorecidas. Al principio se planteaba la cuestión, pero luego fue totalmente reprimida ya que, sin que se lo pidiera, el sistema escolar se puso a hacer lo que se esperaba de él. Entonces, no hubo necesidad de hablar sobre el tema. El interés del retorno sobre la génesis es muy importante, porque en los comienzos hay debates donde se dicen con todas las letras cosas que, después, aparecen como provocadoras revelaciones de los sociólogos.
El reproductor de lo oficial sabe producir –en el sentido etimológico del término: producere significa “hacer avanzar”–, teatralizándolo, algo que no existe (en el sentido de lo sensible, visible), y en nombre de lo cual habla. Debe producir eso en nombre de lo que tiene el derecho de producir. No puede no teatralizar, ni dar forma, ni hacer milagros. Para un creador verbal, el milagro más común es el milagro verbal, el éxito retórico; debe producir la puesta en escena de lo que autoriza su decir, dicho de otra manera, de la autoridad en nombre de la cual está autorizado a hablar.
Encuentro la definición de la prosopopeya que estaba buscando: “Figura retórica por la cual se hace hablar y actuar a una persona que es evocada, a un ausente, a un muerto, un animal, una cosa personificada”. Y en el diccionario, que siempre es un formidable instrumento, se encuentra esta frase de Baudelaire hablando de la poesía: “Manejar sabiamente una lengua es practicar una especie de hechicería evocatoria”. Los letrados, los que manipulan una lengua erudita –como los juristas y los poetas–, tienen que poner en escena el referente imaginario en nombre del cual hablan y que ellos producen hablando en las formas; tienen que hacer existir eso que expresan y aquello en nombre de lo cual se expresan. Deben simultáneamente producir un discurso y producir la creencia en la universalidad de su discurso mediante la producción sensible (en el sentido de evocar los espíritus, los fantasmas –el Estado es un fantasma…–) de esa cosa que garantizará lo que ellos hacen: “la nación”, “los trabajadores”, “el pueblo”, “el secreto de Estado”, “la seguridad nacional”, “la demanda social”, etc.
Percy Schramm mostró cómo las ceremonias de coronación eran la transferencia, en el orden político, de ceremonias religiosas (6). Si el ceremonial religioso puede transferirse tan fácilmente a las ceremonias políticas mediante la ceremonia de la coronación, es porque en ambos casos se trata de hacer creer que hay un fundamento del discurso que sólo aparece como auto-fundador, legítimo, universal porque hay teatralización –en el sentido de evocación mágica, de brujería– del grupo unido y que consiente el discurso que lo une. De allí el ceremonial jurídico. El historiador inglés E. P. Thompson insistió en el rol de la teatralización jurídica en el siglo XVIII inglés –las pelucas, etc.–, que no puede comprenderse en su totalidad si no se considera que no es un simple artefacto, en el sentido de Pascal, que vendría a agregarse: es constitutiva del acto jurídico (7). Impartir justicia en un traje convencional es arriesgado: se corre el riesgo de perder la pompa del discurso. Siempre se habla de reformar el lenguaje jurídico sin nunca hacerlo, porque es la última de las vestiduras: los reyes desnudos ya no son carismáticos.

Puro teatro
Una de las dimensiones más importantes de la teatralización es la teatralización del interés por el interés general; es la teatralización de la convicción del interés por lo universal, del desinterés del hombre político –teatralización de la creencia del sacerdote, de la convicción del hombre político, de su fe en lo que hace–. Si la teatralización de la convicción forma parte de las condiciones tácitas del ejercicio de la profesión del clérigo –si un profesor de filosofía tiene que aparentar creer en la filosofía–, es porque ello constituye el homenaje esencial del oficial-hombre a lo oficial; es lo que hay que agregarle a lo oficial para ser un oficial: hay que agregar el desinterés, la fe en lo oficial, para ser un verdadero oficial. El desinterés no es una virtud secundaria: es la virtud política de todos los mandatarios. Las locuras de los curas, los escándalos políticos, son el desmoronamiento de esta especie de creencia política en la cual todo el mundo actúa de mala fe, ya que la creencia es una suerte de mala fe colectiva, en el sentido sartreano: un juego en el cual todo el mundo se miente y miente a los otros sabiendo que se mienten. Esto es lo oficial…

1. Alusión a un estudio etnológico que Bourdieu realizó sobre los beréberes kabiles.
2. Nicolas de Chamfort, Maximes et pensées, París, 1795.
3. Dominique Memmi, “Savants et maîtres à penser. La fabrication d’une morale de la procréation artificielle”, Actes de la recherche en sciences sociales, Nº 76-77, 1989, p. 82-103.
4. Del griego idios, “particular”: discurso particular.
5. John David Yeadon Peel, Herbert Spencer. The Evolution of a Sociologist, Londres, Heinemann, 1971. William Alexander Mackinnon (1789-1870) tuvo una larga carrera como miembro del Parlamento británico.
6. Percy Ernst Schramm, Der König von Frankreich. Das Wesen der Monarchie von 9 zum 16. Jahrhundert. Ein Kapital aus Geschichter des abendlischen Staates (dos volúmenes), H. Böhlaus Nachf, Weimar, 1939.
7. Edward Palmer Thompson, “Patrician society, plebeian culture”, Journal of Social History, vol. 7, Nº 4, Berkeley, 1976, p. 382-405.

* Sociólogo (1930-2002). Este texto se extrajo de Sur l’Etat. Cours au collège de France 1989-1992, Raisons d’Agir – Le Seuil, París, que aparecerá el 5 de enero.

Traducción: Teresa Garufi.

Publicado: Le Monde Diplomatique.
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