New York.
A maçã revelada por Luiz Vilela.
Arquiteto, Artista Plástico e Fotografo quando sobra tempo.
Esta página revela uma Nova York imersa em atividades culturais, através de dicas, cronicas e fotos autorais.
CALIFORNEANDO
"A arte não pode ser separada da vida. Ela é a
expressão de maior afirmação do que a vida é capaz e nós damos valor à arte não
por causa do seu produto qualificado, mas por que ela revela a experiência da
vida de alguém." (Robert Henri)
Uma das melhores coisas que um artista pode fazer para
progredir na sua Arte é desfrutar a companhia de outros artistas. A oportunidade
de conhecer outros artistas, trocar idéias com eles e vê-los a trabalhar é o
maior mérito para quem se esforça para melhorar carreira artística. A
Conferência de Pintura Plein Air organizada pela revista de arte americana
Plein Air Magazine oferece tudo isso, e nos últimos três anos, centenas de
pintores que gostam de pintar ao ar livre tiveram a oportunidade desfrutar
desta alegria.
Este evento, que começou em abril de 2012 em Las Vegas,
aconteceu este ano na cidade de Monterey na costa da California. A cidade é
linda e fica ao lado da famosa Carmel, que é também um mimo. Carmel entrou no
mapa por causa da riqueza do lugar, reduto de milionários aposentados e de
colecionadores de arte, portanto a região respira arte através de suas inúmeras
galerias. A cidade é perfeita — a cidade mais perfeita que existe. Por que?
Você tem que ir lá para ver. Eu sempre ouví comentários e agora eu sei. O ator
Clint Eastwood ajudou a botar Carmel no mapa internacional quando foi prefeito
da cidade — hoje, ele mora em Monterey, numa casa simples.
Se eu tivesse que escolher uma cor para identificar a
California, eu escolheria o amarelo, pois este estado me lembra a luz do sol,
amarela, ensolarado. As pessoas são mais descontraídas, menos estressadas, são
lindas e saudáveis (será que estou falando do Rio de Janeiro?) se alimentam bem
— a região é um pomar e horta gigante, o celeiro dos Estados Unidos. O litoral
é recortado por baías musculosas, cheias de pedras e rochas e ao sul de
Monterey e Carmel existe o encontro mais espetacular de terra e água do
planeta: a cordilheira de montanhas que desce pelo litoral até Los Angeles,
chamada de Big Sur. A paisagem é sobrenatural. Aos pés do Big Sur corre a
Highway 1 (a Rio-Santos americana) ilustrada com paisagens de sonho.
Na primeira vez que estive nesta região uma amiga do
Brooklyn me disse: “Luiz, não deixe de visitar uma pousada que fica na montanha”,
com o mar lá embaixo, debaixo das árvores maiores e mais antigas da Terra, as
sequóias (redwoods). Diante delas, penetramos em um mundo de silêncio quase
meditativo e podemos intuir que ainda temos muito o que aprender. De manhã
cedinho, com os raios de sol filtrados pelos galhos de árvores e refletidos na
fumaça que saía da lareiras dos quartos ... olhando para aquilo eu acredito que
ví Deus. A pousada, digo, o agrupamento de casinhas formando uma ferradura ao
redor de uma grota foi fundada há muito tempo atrás por um norueguês que deve
ter feito alguma coisa errada na Noruega e fugiu para os Estados Unidos, e, não
contente de parar em Nova York (deve ter achado muito perto da Europa) deu uma
de Forrest Gump e foi acabar na costa oeste americana ... deve ter parado de
correr porque encontrou o mar na sua frente. O lugar não tem telefone, nem
internet e computador, nem televisão (graças!) Nos quartos, que são todos de
madeira rústica e com portas de baias de cavalo, só existem tapetes persas,
lareiras e livros. E lençóis de linho branco com tudo cheirando a pinho. O
silêncio impera! Um luxo. Bette Davis quando queria fugir de tudo e de todos,
assim como escritores, se refugiavam lá.
Na California se encontra este tipo de coisa. Também
tem uva, laranja, caramelos com sal, surfistas, tubarão branco caçando focas,
gênios de computadores, tem cinema, tem dois museus Getty — o antigo e o novo
—, mexicanos que preparam os melhores “fish tacos” que existem, tem os Navy
SEALs que protegem o país, tem neblina, tem Disneylândia, tem as casas da Ellen
DeGeneres e Gisele Bündchen, todo quintal tem piscina, e, claro, tem terremoto
porque nada é perfeito. Só a cidade de Carmel.
Com a presença de mais de 700 pintores, a Conferência
começou numa segunda feira e foram 5 dias dias de confraternização. A
sexta-feira foi um dia de alegria, inspiração e cansaço, depois de quatro dias
trabalhando intensamente, ouvindo palestras e assistindo a demonstrações de
pinturas dos seus colegas, conversando, aprendendo e rindo muito ... Tudo
acabou na sexta feira, depois dos artistas passarem o dia pintando no cais do
porto, ao redor de uma fogueira imensa na praia de Carmel. Disseram que a
fogueira era para queimar as pinturas ruins que foram feitas durante a semana.
No domingo anterior ao início da Conferência,
aconteceu comigo uma experiência que nunca vou esquecer — tão forte como um
ritual religioso. Eu fui para uma ponta de pedra que entrava para o mar e onde
ficava o farol da região. Montei meu cavalete e comecei a pintar o mar que batia
numas rochas depois da curva da praia que ficava na minha frente. Fiz amizade
com uma gaivota que queria comer meus pistachos. Botei o nome dela de “Dona
Capela”. Meus amigos foram embora para procurar inspiração em outro lugar
depois de algumas horas. Mas eu fiquei alí, o dia inteiro no sol olhando para
uma das paisagem mais bonitas que eu já ví. Eu, a arte, o meu trabalho, o céu,
o mar, as rochas — éramos todos um só. E então acontecia uma reação instantânea
que não mais precisava de mais observação consciente. Mas eu estava consciente
do fato de que eu estava naquele local, vivendo aquele dia especial. Eu não
trocaria aquilo por nada — nem mesmo por um pote de ouro, porque todo o
dinheiro deste mundo não me pagaria o suficiente para compensar a felicidade
que eu estava sentindo!
"Se as pessoas soubessem como me esforcei para conseguir o meu domínio técnico e sucesso em pintura, a minha vida não pareceria tão maravilhosa assim, como parece para muitos ..." ~ Michelangelo.
Publicada em 05-05-2014.
"Se as pessoas soubessem como me esforcei para conseguir o meu domínio técnico e sucesso em pintura, a minha vida não pareceria tão maravilhosa assim, como parece para muitos ..." ~ Michelangelo.
Publicada em 05-05-2014.
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O MUNDO DE ANDREW WYETH.
(Foto: Arquivo Pessoal)
Neste final de semana me levaram ao restaurante “Topo
do Mundo” na região de Brumadinho, Minas Gerais. Uma paisagem incrível que me
deixou mais impressionado ainda do que na primeira vez que estive lá. Era final
da tarde, a luz estava extraordinária desenhando sombras escuras e compridas no
chão. Voltando para o carro no estacionamento me deparei com um lombo de serra
na minha frente. Parecia uma baleia marrom, parada lá, me olhando. Eu fiquei
quieto por uns instantes, contemplando aquela imagem, era como se fosse um
submarino monumental que emergia das profundezas. Se eu fosse um gigante, eu
gostaria de ficar passando minha mão naquele lombo de terra.
Aquela visão me fez lembrar de um quadro que admiro
muito do pintor americano Andrew Wyeth chamado “Winter, 1946” (Inverno, 1946)
no qual ele se auto-retratou como um rapaz correndo, descendo um morro numa
paisagem monocromática, crua e fria. No caso, a tela era uma metáfora da vida
do artista, que estava fugindo das garras do pai (um homem controlador) que tinha
acabado de morrer —o peito do pai representado na pintura pelo morro.
Andrew Wyeth é para mim um dos maiores pintores
americanos de todos os tempos. Muita gente consideraria do século XX mas eu
afirmo com convicção que é de todos os tempos! Um ícone da pintura americana
Wyeth retratou os lugares em que vivia e as pessoas da sua vida em trabalhos
magníficos, principalmente em aquarela e egg-tempera, técnica de pintura que o
artista dominava magistralmente.
Wyeth nasceu em 1917 na casa da família em Chadds
Ford, na Pensilvânia, região não muito longe de onde moro (umas duas horas de
carro?) O artista dividiu sua vida em dois lugares tipicamente americanos —da
gema— eu diria. O outro lugar era sua casa de verão em Cushing, Maine, na Nova
Inglaterra, que é o berço dos Estados Unidos, lugar para onde migraram os
puritanos vindos do velho mundo. Os puritanos que fundaram o país é uma gente
severa, que acredita em um só Deus todo-poderoso e tem um estilo de vida
piedoso, onde suas ações devem ser consagradas à este Deus, e na invenção do
“self-made-man”, o cerne da filosofia americana que se baseia no sucesso
individual.
Andrew era o caçula dos cinco filhos do famoso artista
e ilustrador N. C. Wyeth e
foi uma criança muito especial, frágil, um menino introspectivo. Ele foi
educado em casa vigiado pelos olhos do pai e treinado por ele. Cercado de arte
de todos os lados, o garoto começou a pintar muito cedo. Treinou desenhar a
figura humana no atelier do pai e aprendeu a técnica egg-tempera com o cunhado
artista Peter Hurd. N. C. Wyeth costumava dizer: “ser um grande artista requer
profundidade emocional, desprendimento, olhar para além de si mesmo através do
objeto de sua paixão. Uma grande obra de arte então é aquela que enriquece e
amplia as perspectivas de alguém.” N. C. Wyeth foi chamado para lecionar na
escola de arte mais antiga americana, a PAFA, localizada na cidade da
Filadelfia e a família passou a dividir seu tempo entre o Maine e a região de
Chadds Ford que fica nos arredores de Filadelfia.
No Maine, a família morava perto da fazenda dos Olsons
que era uma gente esquisita e excêntrica. Wyeth era muito amigo dos irmãos
Alvaro e Christina Olson que o artista retratou no ícone da pintura americana
chamada “Christina’s World” (O mundo de Christina) que faz parte da coleção de
arte do MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova York), que comprou o quadro da
Macbeth Gallery por $1.800,00 em 1948. A imagem retratava Christina, que tinha
problemas de deficiência física, se arrastando pelo campo “como se fosse um
caragueijo no litoral do Maine”. A obra foi um soco no estômago na onda da arte
abstrata tão em voga na época. Um ditado favorito do artista era: "o que
você precisa fazer é quebrar todas as regras."
Foi em Cushing que Andrew conheceu uma garota chamada
Betsy com quem se casou mais tarde. Betsy exerceu uma influência na carreira de
Andrew tão forte quanto a de seu pai. Ela gerenciou a vida profissional do
marido, e mais que gerenciar, passou a influenciar na visão estética do
artista. Dava palpite em tudo e sugeria —poderia se dizer “ditava”— o que o
Andrew deveria pintar passando da composição até chegar nas cores e tons. Nada
passava despercebido. Uma vez disse: “eu sou uma diretora e tenho nas minhas
mãos o maior ator do mundo”. E Wyeth é o que é hoje muito por influência de
Betsy que orquestrou jogadas de marketing magistrais. Betsy cercou o artista de
toda influência exterior. Andrew Wyeth vivia dentro de seu próprio mundo,
rodeado pela família e amigos, os quais o protegia e era a fonte de inspiração
do artista assim como a paisagem onde habitavam. Ele mesmo disse que a
Pensilvânia era como se fosse uma prisão, e ele estava condenado a permanecer
naquela “floresta de Sherwood com a Marion (Betsy) e os rebeldes (seus
amigos)”, comparando com a estória de Robin Wood.
Em Chadds Ford, os Wyeths eram vizinhos da fazenda dos
Kuerners onde morava o casal Anna and Karl. Assim como o Olsons, os Kuerners e
a fazenda deles foram um dos motivos mais importantes no trabalho de Wyeth por
quase 30 anos. O artista costumava a dizer: “não acho um lugar pitoresco. O
local me instiga, é uma coisa abstrata e puramente emocional”. Na fazenda dos
Kuerners, Wyeth trabalhou numa série de aquarelas, óleos, e desenhos retratando
a empregada deles, uma alemã chamada Helga Testorf, de 1971 até meados de 1986.
Ele fugia para lá para pintar sua musa e ninguém sabia de nada - só os donos da
casa. Betsy não tinha a menor idéia do que estava acontecendo (oficialmente,
mas nada me diz que poderia ser uma jogada maquiavélica preparada pela própria
— na minha opinião). Quando a notícia atingiu o ventilador foi parar na capa da
revista Times. Bem, é claro, “era amor”, disse, recordando a explicação de sua
esposa, Betsy, que foi apreendida pela mídia como prova de que Wyeth teve um
caso com seu modelo. “Tudo o que eu pinto é sobre o amor. Por que pintar algo,
se você não ama?” Em uma entrevista de 2007 no seu nonagésimo aniversário
quando pergutaram a Wyeth sobre Helga ele disse que “com certeza ela é parte da
família agora, e sei que choca todo mundo. É disso que eu gosto.”
Em 1986, Leonard E. B. Andrews, uma editor da
Pensilvânia pagou 6 milhões pelas 240 imagens da série Helga que nunca haviam
sido mostradas publicamente. Logo depois, a série foi comprada por um
colecionador de arte japonês por 45 milhões de dólares.
Por causa da imensa popularidade de algumas de suas
imagens o artista foi muito criticado pelos “entendidos”. O trabalho dele
também dividiu a opinião pública mais do que qualquer outro pintor americano
provavelmente até mesmo mais do que outro Andy —o moderno— Warhol, cujo diálogo
foi urbano, enquanto o de Wyeth era rural. A crítica disse que o trabalho de
Andrew Wyeth deu à Arte Realista uma reputação ruim. O escritor John Updike
assumiu a mesma causa 25 anos depois: "no auge do expressionismo abstrato,
o desprezo à arte de Wyeth era simplesmente politicagem das galerias; mas esta
resistência ainda persiste, curiosamente, em um mundo de arte que não tem o
menor problema em botar o holofote em foto-realistas como Richard Estes e
Philip Pearlstein e discípulos da arte comercial como Wayne Thiebaud, Andy
Warhol e por isso mesmo, Edward Hopper".
"Eu sou um exemplo da boa publicidade. Eu sou
grato a ela porque me dá a liberdade para trabalhar no que eu quero e tentar
fazer melhor. Mas eu não tenho a menor idéia se essas pessoas entendem o que
estou fazendo. E elas não entendem." E acrescentou: "sejamos sensatos
sobre isso. Eu coloquei um monte de coisas no meu trabalho, o que é muito
pessoal para mim. Como o público poderia entender isso tudo? Acho que a maioria
das pessoas entram no meu trabalho pela porta dos fundos. Elas são atraídas
pela imagem realista e a partir daí começam a sentir a emoção e a abstração —
e, eventualmente, atingem a verdadeira emoção da obra."
Andrew Wyeth morreu dormindo numa sexta-feira em sua
casa em Chadds Ford, PA, em janeiro de 2009.
Publicada em 25-02-2014.
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(Foto: Google Imagens)
O metrô em Nova York não é um lugar muito bom para se
estar, principalmente no verão, quando você se sente um leitão sendo tostado
devagarinho dentro de um forno bem quente e nojento. No inverno também não é
legal. Esperar pelos trens tarde da noite é uma tortura! Então o que fazer para passar o tempo? Mentes
criativas procuram opções. Eu tenho uma amiga que me contou uma vez que há
muitos anos atrás quando ela ia para o trabalho e ficava esperando o trem, ela
costumava olhar para as paredes da estação e aos poucos ela começou a enxergar
silhuetas de pessoas nas formas que ficavam na superfície quando as camadas de
tintas velhas iam se descolando. Sabe quando você olha para uma nuvem no céu e
enxerga um dragão? Ela me disse que ela tinha “amigos” em determinadas estações
de metrô. Uma mulher velha na 42 street. Um cara na 57 street. E ela conversava
com eles para passar o tempo. Doidêra pouca é bobagem, afinal você está em Nova
York, capital do mundo, onde tudo acontece (digo, quase tudo!) Não, minha amiga
não joga pedra em avião. Mas se você aborrecê-la no ponto certo, acredito que
ela possa fazê-lo, quer dizer, te jogar no avião.
Mas se você não gosta de olhar para as manchas das
paredes do metrô então não tem muito o que fazer mesmo. Tédio! Bem, isto era
coisa do passado porque agora você tem um iPhone (e o mundo inteiro) nas suas
mãos e você não consegue se desligar dele, mesmo quando você está na companhia
do seu melhor amigo ou da sua mulher (que vergonha!) e seus dedinhos ficam
comixando de vontade de esfregar aquela telinha brilhante para espiar o que os
outros estão fazendo e se eles ainda te curtem ...
E aí você não vai prestar a atenção em umas coisinhas
bem bacaninhas no metrô de Nova York. Tem Arte!
Para começar as dicas não deixe de conhecer o teto da
estação da Grand Central na rua 42 com Lexington avenida. O espaço é um dos
maiores da cidade e graças a Jackie Onassis aquele deslumbramento ainda está de
pé. Jacqueline Kennedy Onassis foi uma das melhores coisas que existiu em Nova
York, aliás ela foi uma das melhores coisas que aconteceu na América. Mostrou
para os americanos o que é o bom gosto e o que significa ter cultura e o que a
cultura pode fazer para você, para a sua vida e a para vida dos outros. Com
graça, charme e inteligência. Conquistou o ministro da cultura francês e até o
inimigo russo. E salvou a Grand Central Station da demolição e aquele céu de
turquesa estrelado! Uma das maiores degraças que aconteceu na cidade foi terem
demolido a estação antiga da Penn Station na rua 34 uma das últimas estruturas
neoclássicas e que era considerada uma obra prima do estilo Beaux-Arts —um
verdadeiro deslumbramento— para construírem aquele mastodonte do Madison Square
Garden com uma estaçãozinha de trens ordinária embaixo.
O metrô de Nova York é bem antigo —cerca 1869— e
existem quase 500 estações. Eu não conheço nem a metade da metade mas sei que
em Manhattan existem estações onde eles começaram interferir nos espaços
criativamente e a inserir esculturas de arte, decorar as paredes de azulejos
com mosaicos lindos, as paredes da estação debaixo do Museu de História Natural
tem bichos - baleias, dinossauros, e etc, por exemplo.
O trabalho de Tom Otternesss “Vida subterrânea” (na
14th Street e 8th Avenida) emergiu como uma das peças mais populares de arte do
metrô, no sistema. São pouco mais de 100
esculturas retratando a vida em Nova York. Otterness criou obras públicas, como
outros artistas públicos, Christo e Jeanne-Claude vêm à mente. Partes da
instalação apareceram por toda a cidade, no Central Park, no Battery Park City,
Downtown Brooklyn e Pratt Institute. Suas esculturas de homenzinhos
trabalhadores são um mimo!
Uma das estações de que mais gosto é a da Prince
Street no Soho. Depois da reforma, os ladrinhos das paredes estão mais brancos
e intercalados por “ilustrações” deslumbrantes feitas com caquinhos de azulejos
coloridos onde “pessoinhas” interagem sobre uma linha de horizonte preta. Um
barato! Se você observar com atenção talvez você se identifique com alguma
daquelas formas. O jeito que você fica em pé na estação do metro esperando por
aquele “never train” que não chega nunca pode estar espelhado em algum detalhe
na parede perto de você. E se você começar a curtir estes mimos no metrô eu te
garanto que o trem vai chegar rapidinho e você vai pensar em deixar ele passar
e esperar pelo próximo enquanto você curte Arte no metro de Nova York.
Publicada em 16-02-2014.
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