Onde é o meu lugar ?

Não dá mais para aguentar! Não consigo mais transitar nas calçadas do Recife: buracos, desníveis, inexistência, vendedores de tudo que se possam imaginar, carros largados - não posso considera-los estacionados -, excrementos das mais variadas origens, bicicletas carregando de água ao carteiro, enfim caos total.

Alguém me diga por favor, aonde é o meu lugar?

A quem interessa ?

A televisão nos bombardeia com noticias sobre mais uma troca de misseis entre Palestinos e Israelitas. Nem sempre o obvio é claro, as vezes é preciso descortinar os fatos. Penso que esses acontecimentos atendem a uma agenda que certamente não é das populações envolvidas, embora sejam elas as que mais sofrem seus efeitos. É certo que os EUA têm um peso enorme nos fatos, na medida em que com seu apoio financeiro e militar em favor de Israel corroboram com os fatos como quem joga álcool na fogueira. A entidade conhecida como Nações Unidas, a qual deveria fazer o seu papel de mediador, é refém de uma má distribuição e representação em seu quadro funcional das forças que na atualidade ditam os rumos do planeta. Assim assistiremos ainda por um longo tempo a repetição dos fatos.

Ponto de Inflexão

Sabemos da física que todo corpo para mudar de direção e/ou sentido algumas forças precisam atuar sobre o mesmo. O nosso País está hoje exemplificando está ação, na medida em que os desdobramentos do caso que ficou conhecido como Mensalão assim o farão. É verdade que antes de se poder sentir o efeito em toda sua plenitude haverá de passar um bom tempo, talvez anos, mas é certo que estamos atravessando o que a matemática chama de ponto de inflexão, ou seja mudança de direção. Não vou fazer defesa, acusação ou analise do mérito quanto as forças que o provocaram, mas certamente a roupa começou a ser lavada; é certo que há mais roupa do que a capacidade da maquina de lavar, o que caracteriza um processo e não um fato, assim é preciso cuidar de abastecê-la para que um dia possamos alcançar a divisa positivista, ou seja, cada coisa em seu devido lugar para a perfeita orientação ética da vida social, idealizada por Benjamim Constant de "Ordem e Progresso".

Parada de Ônibus

Esta em moda se falar de mobilidade tema tão corrente ultimamente, mas antes de se implantar qualquer novo sistema na cidade a fim de melhorar o nó na qual ela se encontra, muita coisa pode ser feita para amenizar os transtornos diários e incrementar o uso do transporte coletivo.

O desrespeito ao cidadão na cidade do Recife pode ser vivenciado quando se esta em alguma parada de ônibus, e não precisa se afastar do centro até porque no subúrbio as mesmas são na maioria um mero ente virtual.

Como exemplo tomemos a Av. Agamenon Magalhães, uma via de suma importância para a cidade, no trecho Derby-Paissandu os pontos de parada dos sardinhões - coletivos apinhados de sofredores usuários no seu diário vai e vem, estão postos em calçadas sem as mínimas condições de oferecerem segurança, conforto e acessibilidade.

É uma verdadeira epopeia, como um cadeirante pode se equilibrar em uma calçada INCLINADA e DESNIVELADA?

A LARGURA é totalmente incompatível com a quantidade de pessoas que fazem uso de tais pontos, ou seja, para transita-la alguém tem que descer para a via automobilística, e quando chove! Nem pensar, cadê a coberta que cubra com eficácia.

Enfim, existe um prefeito constituído que ainda tem responsabilidades ou teremos que esperar até Janeiro, o dia é hoje e o tempo é agora.